15 outubro 2014

Através do Espelho


Estrelas: 4
Páginas: 141
Editora: Cia. Das Letras

Sinopse: Do mesmo autor de O mundo de Sofia, essa é a história de Cecília Skotbu, uma menina que vive intensamente. As coisas que vai aprendendo ela anota num caderninho. Ali ela escreveu, por exemplo: "Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não enxergaríamos mais a nós mesmos". Cecília passa quase o tempo todo em seu quarto, deitada na cama. Ela está morrendo. Sua história é uma preparação para a morte e por isso é também um mergulho na vida. Ela morre como quem viaja, prestando atenção em tudo. Através de seu olhar profundo, o outro lado do espelho se torna um pouco mais claro para nós.

Cecília está morrendo e, por conta disso, um anjo chamado Ariel começa a fazer frequentes visitas. O livro é basicamente uma longa conversa entre os dois e suas diferentes visões do mundo, já que um está no plano real e o outro, no que vem depois que morremos.

Cecília tenta explicar para Ariel como é sentir, pois ele não entende como é ser humano, ela tenta explicar como é a sensação de tocar, de comer e até de sonhar. Ariel, por sua vez, tenta explicar como é flutuar, como é estar no espaço ou no céu. Ele também faz muitas críticas aos humanos, fala sempre sobre como nós temos uma mente limitada.

"Vocês, seres humanos, compreendem as coisas só em parte. Vocês enxergam tudo num espelho, num enigma." Página 30

O livro é muito fofo e extremamente filosófico, tem constantes reflexões sobre a morte, a vida e nós, humanos. Talvez por isso, o livro possa ser um pouco cansativo, mas ele é bem fino e pode ser lido em um dia. É um bom livro para quando você quiser pensar, vai te fazer refletir sobre a humanidade.

"A cada segundo a natureza sacode as mangas do paletó e caem algumas crianças novinhas em folha. Abracadabra! E a cada segundo muitas pessoas desaparecem também. Quando chega a hora, e Cecília tem que ir embora...
Não é a criança que vem ao mundo, mas o mundo que vem para a criança. Nascer é receber de presente o mundo inteiro." Página 49

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